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Marãiwatsédé: uma terra disputada entre o povo Xavante e o agronegócio

24 terça-feira jul 2012

Posted by João Carlos Figueiredo in Xavante

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*Mariana Sanchez, com informações de Andreia Fanzeres e Felipe Milanez – Especial para o Giro Sustentável

Arquivo Funai

Arquivo Funai /

 

Para os índios Xavante que estiveram na Rio+20 em busca de uma resolução para um problema que já dura quase meio século, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável parecia haver terminado com saldo positivo. Desde os anos 1960, a comunidade de Marãiwatsédé luta pelo direito de permanecer em seu território de origem, localizado nos municípios de Alto Boa Vista, Bom Jesus do Araguaia e São Félix do Araguaia, ao nordeste do Mato Grosso.

Adriano Gambarini / OPAN

Adriano Gambarini / OPAN /

 

Na Eco 92, o governo brasileiro havia prometido devolver a terra aos indígenas. Porém, apesar de tê-la homologado por decreto presidencial em 1998, nunca houve real fiscalização, e fazendeiros, posseiros e grileiros continuaram explorando ilegalmente o agronegócio no local. Durante a Rio+20, o conflito parecia estar se aproximando de uma solução, quando a FUNAI garantiu a legitimidade da posse da terra pelos Xavante e deu um prazo para a retirada de não-índios da área. Mas a verdade é que tudo permanece igual naquela região. Igual não, pior: a pressão dos indígenas na Rio+20 e a decisão da Justiça Federal determinando a saída dos invasores intensificou a revolta dos grandes ruralistas, que se negam a deixar o território e vêm incitando confronto físico.

Adriano Gambarini / OPAN

Adriano Gambarini / OPAN /

 

A data limite para apresentação do plano de desintrusão da terra indígena se aproxima. Recentemente, o INCRA indicou que 500 famílias residentes em Marãiwatsédé poderão ser transferidas para outras propriedades em municípios próximos. Por conta dessa conjuntura, o governo de Mato Grosso correu para Brasília para tentar todo tipo de articulação e pressão, visando a permanência dos grandes ruralistas em Marãiwatsédé – a despeito do que determinaram diversas decisões judiciais, em processos que perduram há 20 anos. Tanta demora fez com que Marãiwatsédé tenha se tornado, hoje, a terra indígena mais devastada da Amazônia brasileira.

Diáspora

O problema teve início em 1966, quando os Xavante que historicamente ocupavam a região foram forçados a deixar suas terras. Aviões da FAB levaram-nos para um aldeamento organizado por uma missão católica, 400 km ao sul de Marãiwatsédé. A tragédia não demorou a acontecer: nos primeiros 15 dias, uma epidemia de sarampo matou 150 índios, e os sobreviventes se refugiaram para outras terras Xavante, em uma espécie de exílio interno no país. Na época, a intenção do governo militar era liberar o espaço para permitir o avanço das frentes de ocupação do Centro Oeste e da Amazônia.

Enquanto isso, Marãiwatsédé era adquirida por uma empresa colonizadora paulista de Ariosto da Riva, que depois passou para o Grupo Ometto e se transformou no maior latifúndio do mundo, o Suiá-Missu, com 1,8 milhão de hectares. Em seguida, foi comprado pela Liquigás, finalmente chegando às mãos da empresa italiana Agip Petrolli. Somente anos depois, na Eco-92, a situação dos Xavante foi abraçada por movimentos socioambientais e a Agip, constrangida internacionalmente por seus atos contrários aos direitos indígenas, decidiu devolver a terra a seus verdadeiros donos. Porém, o latifúndio foi invadido e, desde então, posseiros e fazendeiros ocupam a região de forma ilegal. O imbróglio foi retratado recentemente no documentário “Vale dos Esquecidos”, de Maria Raduan.

Os indígenas só conseguiram retornar a uma parcela diminuta de seu território em 2004, depois de ficarem acampados por 10 meses à beira da estrada. Ao se estabelecerem na sede da fazenda Karu, dentro da terra indígena homologada em 1998, se depararam com uma área cruelmente destruída: o desmatamento arrasou com 85% de Marãiwatsédé. Em outubro de 2011, o Greenpeace chegou a denunciar o envolvimento do maior frigorífico do mundo, a JBS – que havia assinado o Termo de Ajuste de Conduta da Carne Legal diante do Ministério Público Federal – na compra de bovinos criados ilegalmente por fazendeiros dentro de Marãiwatsédé. Os próprios indígenas denunciam o despejo de agrotóxicos próximo à aldeia, prejudicando a saúde da comunidade, e da continuidade de vendas de lotes e fazendas dentro da Terra Indígena. Mesmo assim, nenhuma ação enérgica da Justiça ou do governo tem sido suficiente para garantir o acesso dos índios ao restante de sua própria terra – na qual conseguem ocupar menos de 10%.

Reprodução

Reprodução / Registro de leilão ilegal de terras Xavante, um mês após compromisso de devolução de Marãiwarsédé na Eco92Registro de leilão ilegal de terras Xavante, um mês após compromisso de devolução de Marãiwarsédé na Eco92

 

Funai

A Fundação Nacional do Índio (Funai) reafirma a legalidade do processo de regularização da Terra Indígena (TI) Marãiwatsédé, com 165.241 hectares de extensão. Homologada por decreto presidencial em 1998, como de posse permanente e usufruto exclusivo do povo Xavante, ela é registrada em cartório na forma de propriedade da União Federal, conforme legislação em vigor, e seu processo de regularização é amparado pelo Artigo 231 da Constituição Federal, a Lei 6.001/73 (Estatuto do Índio) e o Decreto 1.775/96.

Em agosto de 2010, uma decisão unânime dos desembargadores da 5ª Turma do Tribunal Regional Federal da 1ª Região, reconheceu o direito dos Xavante à Terra Indígena Marãiwatsédé. Para o TRF-1 não há dúvida de que a comunidade Marãiwatsédé “foi despojada da posse de suas terras na década de sessenta, a partir do momento em que o Estado de Mato Grosso passou a emitir título de propriedade a não-índios, impulsionados pelo espírito expansionista de ‘colonização’ daquela região brasileira”. Os desembargadores concluíram que os posseiros não têm nenhum direito às terras, por se tratarem de “meros invasores da área, inexistindo possibilidade de ajuizamento de ação indenizatória”.

Em julho de 2011, em outra decisão, o Tribunal Regional Federal da 1º Região (TRF), em Brasília, garantiu a permanência das famílias de não índios na Terra Indígena Marãiwatséde, dias depois de o governo de Mato Grosso ter sancionado uma lei considerada inconstitucional que oferece o Parque Estadual do Araguaia para reassentamento dos indígenas. No entanto, em junho deste ano, nova decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região revogou a decisão anterior do mesmo tribunal, autorizando a retirada dos invasores.

“Marãiwatséde é área indígena, homologada e garantida judicialmente”, afirma o assessor da presidência da Funai, Aluísio Azanha. “O governo vai cumprir a desintrusão. Primeiro, retirando os grandes fazendeiros que estão lá ilegalmente. Em seguida, os pequenos posseiros que possuem direito a reforma agrária”. A Funai também estaria se mobilizando para desarticular a divisão interna dos Xavante, que estaria sendo utilizada pelos ruralistas. “Marãiwatséde é terra indígena mais desmatada do país. Não é possível falar em produção quando não se respeita a legislação. Isso é insustentável”, afirma Azanha.

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Após Rio +20, fazendeiros ameaçam Xavante

21 sábado jul 2012

Posted by João Carlos Figueiredo in Xavante

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Fonte: GREENPEACE – Postado por Bernardo Camara

Grupo de Xavantes sobe a bordo do navio Rainbow Warrior para denunciar a invasão de suas terras no Mato Grosso. (©Greenpeace/Marizilda Cruppe/EVE)

Há 20 anos esperando que invasores sejam retirados de seu território, os índios Xavante foram à Rio +20 para cobrar a promessa feita pelo governo. Durante a conferência, 12 guerreiros da Terra Indígena Marãiwatsédé, do Mato Grosso, fizeram um ato a bordo do navio do Greenpeace, participaram da Marcha dos Povos e conseguiram entregar sua reivindicação nas mãos do governo. O ministro Gilberto Carvalho, braço-direito de Dilma Rousseff, e a presidente da Funai, Marta Azevedo, receberam a carta-denúncia e prometeram agir.

Quem agiu primeiro, porém, foram os fazendeiros que, há anos, ocupam a Marãiwatsédé. Ao retornar para suas terras, os Xavante se depararam com uma série manifestações e ameaças pelo caminho. Segundo matéria do Repórter Brasil, desde o último sábado, a terra indígena “está ocupada por manifestantes que bloquearam o acesso à cidade de São Félix do Araguaia. Eles cavaram uma trincheira na estrada e queimaram pontes em outras vias de acesso à região em ato desesperado diante da sua iminente desintrusão”.De acordo com fontes locais, não há efetivo suficiente do governo federal para garantir a segurança dos cerca de 900 Xavante de Marãiwatsédé que se protegem em sua aldeia. As manifestações se desencadearam com o retorno dos indígenas da Rio +20. Mas também na esteira da sentença que saiu em 18 de maio deste ano, quando o Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) autorizou a retirada imediata dos invasores de Marãiwatsédé.

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Fazendeiros invasores armam resistência em Marãiwatsédé

21 sábado jul 2012

Posted by João Carlos Figueiredo in Xavante

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Contrários à decisão da Justiça que determina retirada de latifundiários após 20 anos de invasão, fazendeiros orquestram manifestações e ameaças em Marãiwatsédé (MT)

 Fonte: Brasil de Fato
Gabriel Moreira, Repórter Brasil
Desde a noite do último sábado, 23 de junho, a Terra Indígena Marãiwatsédé, homologada em 1998 pela Presidência da República, está ocupada por manifestantes que bloquearam o acesso à cidade de São Félix do Araguaia na localidade conhecida como Posto da Mata. Eles cavaram uma trincheira na estrada e queimaram pontes em outras vias de acesso à região em ato desesperado diante da sua iminente desintrusão. A retirada dos invasores de dentro da terra indígena é pleiteada pelo povo Xavante desde 1992.
Protesto dos indígenas de Marãiwatséde na Rio+20 – Foto: Daniel Santini

Latifundiários têm financiado o transporte e a permanência de outros Xavante que vivem na Terra Indígena Parabubure, no município de Campinápolis (460 km de distância de Marãiwatsédé) no Posto da Mata, engrossando o número de manifestantes. De acordo com denúncia da comunidade indígena Xavante residente em Marãiwatsédé, protocolada em 2011 no Ministério Público Federal de Mato Grosso (clique para ler o documento), o advogado Luiz Alfredo Abreu tem oferecido dinheiro aos indígenas Xavante de outras regiões para aceitar, em nome dos que vivem em Marãiwatsédé, a transferência dos índios para o Parque Estadual do Araguaia. Ele representa o presidente da Associação dos Produtores Rurais da Suiá Missu, Renato Teodoro, e é irmão da senadora Kátia Abreu (PSD-TO), uma das principais lideranças da Frente Parlamentar de Agropecuária, a Bancada Ruralista. A Repórter Brasil tentou ouvir o advogado, mas ele não respondeu ao recado deixado em seu celular.

A transferência foi estipulada na lei estadual 9.564 de junho de 2011, considerada inconstitucional pelo governo federal. A lei foi elaborada pelo presidente da Assembleia Legislativa do Mato Grosso, José Riva (PSD) e pelo deputado estadual Adalto de Freitas (PMDB), e sancionada pelo governador Silval Barbosa (PMDB), que na época declarou a todos os jornais que esta era “uma solução pacífica para o conflito em Marãiwatsédé”.

A solução proposta prevê a retirada pela segunda vez os Xavante de seu território tradicional, de onde foram forçados a sair em 1966 em aviões da FAB, pelo governo militar, possibilitando, assim, a colonização da Amazônia mato-grossense pelo empresário Ariosto da Riva. Na época, o território foi transformado em um latifúndio considerado um dos maiores do mundo, a Fazenda Suiá Missu, vendida posteriormente à empresa italiana Agip Petroli, que por pressão internacional devolveu verbalmente a área aos Xavante em meio aos holofotes da Eco 92. A saída “pacífica” do governo de Mato Grosso, de quebra, permite ainda a continuidade de todas as atividades ilegais que já devastaram, desde 1992, cerca de 90% da terra indígena, tornando-a líder de desmatamento na Amazônia brasileira.

Soja Pirata

As fazendas de soja em Marãiwatsédé já foram diversas vezes alvo de embargos do Ibama, como na Operação Soja Pirata e na Operação Pluma. Mas, apesar disso, continuam produzindo e vendendo impunemente o grão. Entre os compradores de gado das fazendas que existem no interior de Marãiwatsédé estão alguns dos principais frigoríficos do país.

Em 1992, Marãiwatsédé estava desocupada e ainda preservada, uma vez que os indígenas permaneciam exilados em outras áreas, como na Missão Salesiana São Marcos. Em 20 anos, fazendeiros e políticos locais, com apoio do governo de Mato Grosso, orquestraram um leilão das terras aos primeiros rumores de que a área seria finalmente declarada como terra indígena, pré-condição para permitir o retorno dos Xavante. Os discursos de vereadores, deputados e fazendeiros incitando a população a ocupar e devastar Marãiwatsédé antes do retorno dos indígenas foram registrados pela equipe de antropólogos que estava na área elaborando os laudos que serviriam como base para a demarcação do território. Eles enviaram os trechos desses discursos de invasão ao Ministro da Justiça, Célio Borges, mas nenhuma atitude por parte do governo federal impediu a invasão premeditada e organizada de Marãiwatsédé durante a Eco 92.Leia trechos dos discursos registrados na época (parte 1, parte 2 e parte 3)

Depois de 20 anos de guerra judicial, a sentença do desembargador Souza Prudente, Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1), de 18 de maio de 2012, autorizando a desintrusão de Marãiwatsédé e determinando que a FUNAI implemente um plano de retirada dos fazendeiros está sendo novamente questionada através de inúmeros recursos que se aproveitam de um racha entre os indígenas. Um grupo dissidente de Marãiwatsédé que vive em outras terras indígenas assinou um documento anexado ao processo judicial declarando aceitar a permuta para o Parque Estadual do Araguaia. Uma vez que este documento não representa a vontade da comunidade Xavante que vive e luta por Marãiwatsédé há 46 anos, e está baseado em uma lei inconstitucional, a Justiça manteve a decisão de retirar os invasores, sem que eles tenham qualquer direito à indenização, uma vez que entraram de má fé na terra indígena.

Xavantes x Xavantes

Aliciados pelos fazendeiros em sua estratégia de jogar índios contra índios, já que a guerra judicial foi perdida, os Xavante de outras áreas estão recebendo todo o tipo de facilidade financeira para pressionar a Justiça e o Executivo, em Brasília, na tentativa de reverter a decisão de retirada dos invasores.

O cacique Damião Paridzané
Foto: Reprodução

Eles tentam também desqualificar a liderança histórica do cacique Damião Paridzané (foto ao lado), que sofre para representar os interesses da comunidade de Marãiwatsédé por melhores condições de saúde, educação e territorialidade há décadas. Na semana passada, Damião retornou do Rio de Janeiro com uma comitiva de 12 guerreiros de Marãiwatsédé, onde apresentaram carta à presidente Dilma Rousseff para a presidente da FUNAI, Marta Azevedo, para o ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, para o Secretário de Articulação Social do governo federal, Paulo Maldos. Eles garantiram que o plano de desintrusão deverá sair imediatamente, pois não há mais razões para demoras. Em outro evento durante a Cúpula dos Povos, o assessor da presidência da FUNAI, Aluizio Azanha, informou que a retirada dos fazendeiros começará pelos maiores latifundiários em 30 dias.

De acordo com a FUNAI, os Xavante formam hoje a segunda maior população de indígenas do país, com cerca de 18 mil pessoas. Existem comunidades Xavante em 9 terras indígenas regularizadas: Parabubure, São Marcos, Areões, Ubawawe, Chão Preto, Marechal Rondon, Pimentel Barbosa, Sangradouro, além de Marãiwatsédé, fora outras cinco áreas em estudo.Neste momento, a tensão segue crescente em Marãiwatsédé. O fazendeiro Sebastião Prado chegou a afirmar em entrevista a jornais locais que o movimento de resistência não é pacífico. O cacique Damião já recebeu novas ameaças. Não há efetivo suficiente do governo federal para garantir a segurança dos cerca de 900 Xavante de Marãiwatsédé, que se protegem em sua aldeia.

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No Centro-Oeste, soja é “remédio” contra a indolência

21 sábado jul 2012

Posted by João Carlos Figueiredo in Xavante

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Fonte: Leonardo Sakamoto

Enquanto populações indígenas sofrem pressões de pessoas e empresas que invadem suas terras para produzir, visando ao mercado nacional e internacional, o governo não tem sido competente o bastante para agilizar demarcações e homologações ou mesmo a retirada de invasores de terras indígenas existentes – lentidão que atende aos interesses publicamente defendidos pela Confederação da Agricultura e Pecuária (CNA). Em outros lugares, isso seria chamado genocídio. Aqui é progresso.

Ao mesmo tempo, o Cerrado tem sido um dos biomas mais desmatados e desprotegidos. Parte do milagre agropecuário ocorrido por lá também se deu com a pilhagem dos recursos naturais, de força de trabalho e de comunidades tradicionais. E quando o desrespeito aos povos indígenas se junta com a ocupação desordenada do Cerrado?

Maior produtor do grão no país, Mato Grosso abriga também o maior número de terras indígenas. Em 2008, apenas 31,2% 141 municípios do Estado não cultivam soja ou não tinham registro da cultura. No mesmo ano, 54 cidades (38,3%) tinham entre 10 mil e 575 mil hectares de soja. Das 78 terras indígenas listadas pela Fundação Nacional do Índio (Funai) em terreno mato-grossense, ao menos 30 ficam em municípios com mais de 10 mil hectares de soja.

Problemas inerentes à produção de soja no Cerrado, como desmatamento, desertificação, pressão sobre os territórios, contaminação de solos e de cursos d´água já têm afetado várias aldeias indígenas. Com base nisso, a Repórter Brasil, através de seu Centro de Monitoramento de Agrocombustíveis lançou um estudo sobre os impactos da soja, com foco nos reflexos em terras indígenas dessa região. E o que se viu não foi nada animador. Vamos tomar como base o que o relatório traz com relação à invasão e ao desmatamento dentro da terra indígena Maraiwatsede:Homologada pelo governo federal em 1998 com extensão de 165 mil hectares, a área permanece com 90% de seu território tomado ilegalmente por fazendeiros e posseirosnão indígenas, majoritariamente criadores de gado e produtores de soja e arroz. Estas atividades são responsáveis por um dos maiores desflorestamentos registrados em áreas protegidas no Mato Grosso: 45% da mata nativa da Maraiwatsede já foi destruída, como aponta o Relatório 2010 do Programa de Monitoramento de Áreas Especiais do Sistema de Proteção da Amazônia (Sipam).

No mais recente levantamento sobre as ocupações irregulares na Maraiwatsede, a Funai relacionou cerca de 70 fazendas de maior porte, entre elas propriedades de “personalidades” como Aldecides Milhomem de Ciqueira, prefeito de Alto da Boa Vista, e seu irmão, Antonio Milhomem de Ciqueira; dois ex-prefeitos do munic ípio, Mario Cesar Barbosa e Deusimar Dias de Oliveira; o prefeito de São Félix do Araguaia, Filemon Gomes Costa Limoeiro; o vereador de Alto da Boa Vista Raimundo Carlos Alves, e o ex-vereador do município Clarindo Barbosa da Silva.

Há duas grandes áreas de soja na Maraiwatsede: a fazenda Conquista, de propriedade de Claudemir Guareschi (que faleceu em um acidente de avião no último dia 18 de julho), e a fazenda Colombo, de Antonio Penasso – conhecido como Branco. Em maio de 2008, Guareschi foi autuado pelo Ibama por “desmatar a corte raso 4 mil hectares de floresta considerada de preservação permanente por se tratar de área indígena (Terra Indígena Maraiwatsede)”. A área foi embargada e o fazendeiro condenado a pagar mais de R$ 2 milhões em multas. Seu nome também foi incluído na lista dos cem maiores desmatadores do Brasil no ano de 2008, divulgada pelo Ministério do Meio Ambiente.Apesar do embargo, as plantações de soja na fazenda Conquista prosseguiram nas safras 2008/2009 e 2009/2010. Em julho de 2009, o Ibama voltou a notificar o fazendeiro Claudemir Guareschi, desta vez por descumprimento de embargo, e em abril de 2010 foi efetuada a segunda autuação pelo mesmo crime, desta vez com apreensão da produção.

Antonio Penasso, proprietário da fazenda Colombo, sofreu duas autuações do Ibama – em outubro de 2008, quando o órgão constatou a prática de ilícito ambiental “consistente em impedir a regeneração natural de floresta nativa em uma área de 1.571,2 hectares no interior da Maraiwatsede”, e em setembro de 2004, quando foram embargados 2 mil hectares por uso ilegal de fogo (queimada da área). Assim como Guareschi, Penasso, em cuja fazenda deu-se prosseguimento ao cultivo de soja, foi novamente autuado por descumprimento de embargo, sofrendo adicionalmente uma Ação Civil Pública do Ministério Público Federal, e tendo a produção da fazenda Colombo apreendida.No final de março de 2010, o Ibama e a Polícia Federal deram início a uma operação de busca e apreensão de soja cultivada ilegalmente em áreas embargadas por crimes ambientais nos municípios de Alto da Boa Vista – a chamada Operação Soja Pirata –, apreendendo cerca de 15 mil toneladas do grão cultivado nas fazendas de Claudemir Guareschi e Antonio Penasso. Segundo o Ibama, das 15 mil toneladas de soja apreendidas, 2,4 mil toneladas foram produzidas na fazenda Conquista, de Claudemir Guareschi, e 2,52 mil toneladas na fazenda Colombo, de Antonio Penasso, ambas inseridas na terra indígena e totalizando uma área de plantio de 3,6 mil hectares (o equivalente a quase 4 mil campos de futebol!). O grupo Capim Fino, do qual faz parte a fazenda Colombo, é campeão de autuações do Ibama no Mato Grosso e computa mais de R$ 58 milhões em multas por crimes ambientais.

Imaginem que isso se repete centenas de vezes em toda a região. O Estado está atuando. Mas, se de um lado, reprime, do outro, apóia o avanço agropecuário sem retringir e limitar impactos como deveria.

Um comentário final: isso me lembrou um causo ocorrido em maio do ano passado. A atriz global e pecuarista Regina Duarte, em discurso na abertura da 45ª Expoagro, em Dourados (MS), disse que estava solidária com os produtores e lideranças rurais quanto à questão de demarcação de terras indígenas e quilombolas no estado. Ela, que gerou polêmica ao declamar na TV que estava com medo de Lula ganhar as eleições em 2002, resgatou o seu bordão:

“Confesso que em Dourados voltei a sentir medo”, afirmou a atriz, com referência à previsão de criação de novas reservas na região de Dourados. “O direito à propriedade é inalienável”, explicou ela, de forma curta, grossa e maravilhosamente elucidativa o que faz do BRASIL um brasil. Ela e o marido são criadores da raça Brahman em Barretos (SP).

No ano passado, a população Guarani Kaiowá no Mato Grosso do Sul (44.500) se acotovelavam em cerca de 9,5 mil hectares de terra. Enquanto os fazendeiros, muitos dos quais ocuparam irregularmente terras indígenas, esparramavam-se confortavelmente por centenas de milhares de hectares. Este relatório é útil para reinverter o discurso porque as reais vítimas não são os produtores rurais e sim os indígenas.

Intervenções de famosos, como a “Namoradinha do Brasil”, têm sido cada vez mais frequentes. Reafirmo o que disse no ano passado sobre isso: espero que pessoas que emprestam sua fama para defender a ocupação a qualquer custo do “sertão ignoto” não resolvam levar isso para a tela da TV, em um épico sobre a conquista do Centro-Oeste brasileiro, nos quais os brancos civilizados finalmente livram as terras dos selvagens pagãos. Pois é capaz, infelizmente, do público gostar.

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    João Carlos Figueiredo
  • O atentado de Paris e o êxodo contemporâneo 10 de março de 2016
    A humanidade se perdeu em algum momento, e as principais causas são, justamente, seu maior orgulho e prazer: o desenvolvimento tecnológico alcançado e a liberdade de expressão, sem regras e sem limites. A primeira estimula o consumo desenfreado, o descontrole sobre o desperdício e a exaustão dos recursos naturais do planeta. A segunda, a irreverência, quebra […]
    João Carlos Figueiredo
  • A "Doutrina Petralha", o Efeito Lula e a Tragédia Dilma 5 de maio de 2015
    Vivi metade da minha vida adulta em um sistema perverso de inflação e estagnação econômica. Aplicava meu salário em um tipo de "investimento" denominado "overnight", com rentabilidade diária e especulativa, que só existia porque a inflação mensal chegara a dois dígitos e devorava nosso salário antes mesmo que pudéssemos gastá-lo.Com Sarne […]
    João Carlos Figueiredo
  • O triste ocaso de uma ideologia 14 de março de 2015
    Depois do enorme fiasco das manifestações de 13 de março de 2015, CUT, MST e PT amargam a ressaca da constatação de que suas teses populistas deixaram de entusiasmar o povo e de levar grandes concentrações de vermelho às ruas do país. Ontem, o que se viu foi um pequeno grupo de militantes, todos uniformizados, com suas bandeiras e camisetas vermelhas, tentan […]
    João Carlos Figueiredo
  • Os escândalos do PT e as mazelas da Nação 8 de março de 2015
    Já fui petista e defendi a bandeira da Ética, da Justiça e Igualdade Social, e da Solidariedade, pautado nas propostas desse partido.A História, porém, me fez ver que estava errado e, depois de votar em Lula pela última vez, em 2002, jamais voltei a votar nesse partido. A frustração foi enorme! Participei do governo Palocci, em seu primeiro mandato em Ribeir […]
    João Carlos Figueiredo
  • A Vida fala por si 17 de janeiro de 2015
    Difícil é envelhecer. Dizem que começamos a envelhecer no dia em que nascemos, mas isso não é verdade. Nosso corpo começa a mostrar sinais de envelhecimento quando os olhos já não mais conseguem se fixar nas palavras de um livro, quando as idéias se confundem no embaralhamento dos sentidos, quando a mente manifesta a intenção de agir, mas o corpo não reage n […]
    João Carlos Figueiredo
  • Crime de Irresponsabilidade Fiscal 3 de dezembro de 2014
    "Na semana passada, depois de uma sequência de percalços na Comissão Mista de Orçamento do Congresso, o projeto enfim acolhido deixou de ser votado em plenário por falta de quórum. Deputados e senadores, notadamente do PMDB, se ausentaram para ver, primeiro, se e como o novo Ministério atendeu aos seus desejos. Com isso, a presidente entrou em pânico. A […]
    João Carlos Figueiredo
  • Ética e Indiferença - Ser ou não ser? 28 de novembro de 2014
    João Carlos Figueiredo
  • O PETISMO TEM CURA? 27 de novembro de 2014
    Culto à personalidade: tradição nos regimes socialistas (na foto, Maduro e Dilma exibem seu ídolo morto, Hugo Chávez)Depois dessa última eleição, e dos inacreditáveis resultados da campanha de calúnia, difamação e mentiras dos petistas, passei a confabular comigo mesmo, como qualquer ser humano "normal" faria, diante de tamanha ignomínia. O que lev […]
    João Carlos Figueiredo
  • O Brasil Volúvel e Hipócrita 22 de novembro de 2014
    Kátia Abreu, a Rainha da Motosserra será a Ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento!Quem acreditou nas promessas de Dilma durante a campanha política pode ter certeza que ela mentiu mais uma vez. Kátia Abreu, aquela que odeia índios e quilombolas, e que por sua arrogância com as populações tradicionais (aquelas que o PT diz proteger) foi eleita […]
    João Carlos Figueiredo
  • A HISTÓRIA DAS COISAS 13 de novembro de 2014
    Este vídeo, que já publiquei várias vezes em outros lugares, é essencial para que todos se conscientizem de sua responsabilidade social na preservação da vida e de sua qualidade, profundamente deteriorada pelo consumismo que tomou conta de nossas atividades e assumiu o controle de nossas próprias vidas! Veja-o mais de uma vez e reflita, honestamente, sobre s […]
    João Carlos Figueiredo
  • Estudo publicado na Science alerta sobre nova legislação para recursos naturais 11 de novembro de 2014
    Fonte: Mundo GEOPor Izabela PratesCientistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) participam de estudo internacional publicado pela revista Science, na sexta-feira (7/11), que alerta sobre os perigos de eventuais mudanças em legislação ambiental brasileira.O artigo “Brazil’s environmental leadership at risk”, que tem entre seus autores Luiz Ar […]
    João Carlos Figueiredo
  • A Crise Energética e a Seca mais Cruel dos Últimos 100 anos 6 de novembro de 2014
    Local de captação de água para as turbinas de Três Marias: imagem da desolação!Temos falado insistentemente sobre a questão da água, inserida no descaso pela gestão do Meio Ambiente, e as Mudanças Climáticas. A situação atual é dramática, e revela a gravidade da crise que afeta nossos recursos hídricos. O rio São Francisco, com suas oito hidrelétricas, refle […]
    João Carlos Figueiredo
  • O País Chinfrim 4 de novembro de 2014
    ASSIM ERAM TRATADOS OS PRISIONEIROS POLÍTICOS DURANTE A DITADURA MILITAR, DE 1964 A 1985. É ISSO QUE VOCÊS QUEREM TRAZER DE VOLTA? E SE A VÍTIMA FOSSE SEU FILHO OU SEU PAI?(NA FOTO MENOR, VLADIMIR HERZOG "SUICIDANDO-SE" NO DOI-CODI)Somos mesmo um país chinfrim, de um povo ignorante e burro, que ao primeiro sinal de tempestade, corre a pedir socorro […]
    João Carlos Figueiredo

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  • DE VOLTA AO MEU VELHO CHICO 20 de março de 2021
    Meu Velho Chico - 12 anos depoisPrimeiro acampamento - 31 de maio de 2009 - Vargem Bonita - descida da Serra da CanastraJá se vão 12 anos e três meses que parti para essa aventura extrema de percorrer o rio São Francisco a remo, em canoa canadense, sem apoio terrestre, desde a nascente, aos pés da cachoeira da Casca Danta, na Serra da Canastra, até a foz, em […]
    João Carlos Figueiredo
  • "Meu Sonho Tem Futuro" 5 de dezembro de 2017
    A água é o bem essencial para a vida! Sem água não sobrevivemos! O semiárido nordestino, com 63 milhões de hectares e uma população de 20 milhões de habitantes, depende do rio São Francisco para sobreviver. Embora as chuvas estejam chegando, as barragens do Velho Chico estão cada vez mais secas! Sobradinho, na Bahia, o segundo maior lago artificial do mundo […]
    João Carlos Figueiredo
  • CHEGAMOS! 29 de outubro de 2016
    Meus caros amigos, nós conseguimos! Atingimos nossa meta e asseguramos a publicação do nosso livro "Meu Velho Chico - um rio pede ajuda"! Agora poderei cumprir minha promessa de entregar a cada comunidade ribeirinha um exemplar autografado da história que vivi por 99 dias no rio São Francisco!Quero agradecer a todos vocês que acreditaram em meu son […]
    João Carlos Figueiredo
  • Ele sobreviveu para contar essa história! 7 de outubro de 2016
    "Existem pessoas que nasceram para medir o imensurável.  João Carlos é uma delas, cujo espírito livre, em algum momento da vida, aflorou e tomou conta da sua vida para todo o sempre, mudando, sobretudo, sua visão, que agora enxerga uma janela tão vasta que dela pode-se ver o mundo. Nas conversas, durante as escaladas em que juntos repartimos a corda, Jo […]
    João Carlos Figueiredo
  • Entrevista com a Fátima Bernardes em 2013 2 de outubro de 2016
    Agradeço todas as manifestações em favor do nosso projeto. Elas são muito importantes para nossa motivação em prosseguir na luta pela preservação do meio ambiente e do Velho Chico! Porém, há uma necessidade premente de recursos para a editoração e impressão de meus textos. Sem isso, minhas histórias se perderiam com minhas lembranças... Por isso, conto també […]
    João Carlos Figueiredo
  • SETE ANOS DECORRIDOS DA EXPEDIÇÃO! 2 de outubro de 2016
    Meus caros amigos, No dia 7 de dezembro completam-se 7 anos desde que eu terminei a minha expedição pelo rio São Francisco. É difícil explicar as dificuldades que envolvem uma viagem dessa natureza, que começam com o planejamento. Foram cinco meses de preparação. Em primeiro lugar, conhecer a dimensão do problema: percorrer 2.700 km a remo, sem nenhuma compa […]
    João Carlos Figueiredo
  • CONTINUEM A REMAR! 21 de setembro de 2016
    Amanhã chegaremos à metade do prazo para atingirmos a nossa meta e viabilizarmos a publicação desse livro "Meu Velho Chico", que será, certamente, mais do que a realização de um sonho, mas principalmente a conclusão de um projeto de vida que começou em janeiro de 2009, no planejamento de minha expedição pelo rio São Francisco, e culminou com minha […]
    João Carlos Figueiredo
  • Produção do livro "Meu Velho Chico" 24 de agosto de 2016
    Crowdfunding é uma iniciativa fantástica, democrática e justa de se viabilizar um projeto sem ter que depender de um governo ou de grandes empresas. Quem financia o projeto são nossos amigos e familiares, que conhecem o nosso trabalho e o compromisso que temos com as causas que defendemos. Como vocês sabem, minhas causas são o AMBIENTALISMO e os POVOS INDÍGE […]
    João Carlos Figueiredo
  • Já estão secos ou intermitentes 70% dos córregos e ribeirões que alimentam o Velho Chico 12 de dezembro de 2015
    Represa de Sobradinho, na Bahia, atinge pior nível da história, revelando proporção da crise que obriga Três Marias a manter altas vazões e se alastra até a nascente. 70% dos pequenos afluentes sumiram Agricultor caminha pelo leito do Verde Grande, um dos principais afluentes da Bacia: até poços profundos, que costumavam resistir, já evaporaram (foto: Credit […]
    João Carlos Figueiredo
  • Comissão aprova projeto para fortalecer revitalização do rio São Francisco 24 de julho de 2015
    Prioridade para recuperação do Velho Chico Criado em 2004, o Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco tem sido insuficiente para reverter a degradação ambiental do "Velho Chico". Diante dessa constatação, a Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) aprovou nesta quarta-feira (1º) um […]
    João Carlos Figueiredo
  • Testes de bombeamento no Projeto de Integração do Rio São Francisco 9 de julho de 2015
    O governo federal iniciou os testes de bombeamento no eixo Leste do Projeto de Integração do Rio São Francisco no momento em que o empreendimento está com 66,1% de suas obras concluídas. Para explicar melhor como foram feitos os testes, o Blog do Planalto conversou com o secretário-executivo do Ministério da Integração Nacional, Iranir Ramos.“O teste consist […]
    João Carlos Figueiredo
  • Codevasf investe R$ 1,47 bilhão para revitalizar bacias hidrográficas 11 de março de 2015
    São Francisco Obras de esgotamento sanitário e controle de processos erosivos estão entre as principais intervenções promovidas Frederico Celente / Codevasf Recursos são do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) no âmbito do Programa de Revitalização de Bacias Hidrográficas Obras de esgotamento sanitário, controle de processos erosivos e gestão de resíd […]
    João Carlos Figueiredo
  • Pesquisadores analisam salinidade do rio São Francisco 11 de março de 2015
    Pesquisadores realizaram o levantamento próximo a foz Em uma das viagens para pesquisa (fotos Laboratório Georioemar) A influência da cunha salina no estuário do rio São Francisco e suas consequências estão sendo estudadas por pesquisadores do Laboratório Georioemar da Universidade Federal de Sergipe e do Projeto Águas do São Francisco/ Sergipetec. Um grupo […]
    João Carlos Figueiredo
  • A Crise Energética e a Seca mais Cruel dos Últimos 100 anos 6 de novembro de 2014
    Local de captação de água para as turbinas de Três Marias: imagem da desolação! Temos falado insistentemente sobre a questão da água, inserida no descaso pela gestão do Meio Ambiente, e as Mudanças Climáticas. A situação atual é dramática, e revela a gravidade da crise que afeta nossos recursos hídricos. O rio São Francisco, com suas oito hidrelétricas, refl […]
    João Carlos Figueiredo
  • NOTA DO MTC BRASIL EM DEFESA DO RIO SÃO FRANCISCO 5 de outubro de 2014
    Rio São Francisco, próximo a São Romão, MG (foto: João Carlos Figueiredo www.expedicaovelhochico.com - 1979) O Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Campo- MTC, vem a público dar um grito em defesa do Rio São Francisco e do seu povo. A situação de penúria, baixa vazão, assoreamento e poluição ganha contornos simbólicos dramáticos com a seca de sua n […]
    João Carlos Figueiredo
  • O VELHO CHICO ESTÁ MORRENDO! 1 de outubro de 2014
    O grande defensor do Velho Chico e das populações ribeirinhas, Dom Frei Luiz Cappio, já fez duas greves de fome contra as obras da Transposição. Ele sempre afirmou que o Velho Chico está morrendo! Agora, os fatos comprovam que ele estava com a razão! Agora, com a reeleição de #DILMA praticamente assegurada, o que poderemos esperar? Apenas o agravamento das a […]
    João Carlos Figueiredo
  • Berçários das nascentes do Cerrado serão tombados 1 de outubro de 2014
    Bacia hidrográfica: corresponde à área drenada por um rio principal, seus afluentes e subafluentes, que formam, dessa maneira, uma rede hidrográfica. É usualmente definida como a área na qual ocorre a captação de água (drenagem) para um rio principal e seus afluentes devido às suas características geográficas e topográficas. Oito das doze bacias hidrográfica […]
    João Carlos Figueiredo
  • Seca do São Francisco reduz vazão da represa de Três Marias 30 de setembro de 2014
    Represa de Três Marias tem o pior nível na história: proposta de reduzir a vazão gera reações rio abaixo Proposta, que será votada nesta terça-feira, quer a redução dos atuais 160 metros cúbicos por segundo para 140m3/s a partir do início de outubro e para 120m3/s a partir de novembroO Rio São Francisco chegou a um nível tão crítico – o pior da história –, q […]
    João Carlos Figueiredo
  • Morte Anunciada: a tragédia do Velho Chico 25 de setembro de 2014
    A nascente do Velho Chico secou completamente, e sua vegetação desapareceu Há mais de 10 anos fala-se sobre a morte do rio São Francisco. O bispo de Barra, na Bahia, Dom Frei Luiz Cappio, chegou a percorrer toda extensão do Velho Chico, alertando a população e as autoridades a respeito dos fatores que vinham destruindo, lentamente, as condições de sobrevivên […]
    João Carlos Figueiredo
  • Nascente do Rio São Francisco secou, afirma diretor de Parque 24 de setembro de 2014
    Pela primeira vez na história, a nascente do rio São Francisco, situada no Parque Nacional da Serra da Canastra, em Minas Gerais, está completamente seca. O acontecimento é simbólico, mas não significa, necessariamente, que o curso do rio será interrompido mais adiante."Não afeta todo o rio porque ele é muito grande, tem outros tributários que vão ajuda […]
    João Carlos Figueiredo

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  • Sons Inesquecíveis 26 de fevereiro de 2023
    Ouço o silêncio obscuro de meu interiorQue os sons deste mundo já não ouço maisParecem-me ruídos, gritos esganiçados,Ofendem meus ouvidos já cansados Ouço o som do Universo ao meu redorMeu pai diria: “ouça o som das esferas”E vejo os mundos … Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • Haiku 26 de fevereiro de 2023
    Cá está ela, a noite…… silente em seus ruídos…… arrastando horas… minutos… noite infinita! Rebusco palavras de cenas revisitadas…… lugares-comuns dos sonhos, talvez…Estou mudo, vazio, suspenso no ar…
    João Carlos Figueiredo
  • Uma análise sob o enfoque da Sustentabilidade 26 de fevereiro de 2023
    Uma análise sob o enfoque da Sustentabilidade João Carlos Figueiredo* Resumo O artigo aborda os três eixos da Sustentabilidade: Ambiental, Social e Econômico, avaliados sob os impactos da devastação provocada pela expansão das fronteiras agrícolas e suas consequências no equilíbrio … Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • Passing the Herd 15 de dezembro de 2022
    An analysis from the perspective of Sustainability João Carlos Figueiredo Abstract The article addresses the three axes of Sustainability: Environmental, Social and Economic, evaluated under the impacts of the devastation caused by the expansion of agricultural frontiers, and its consequences … Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • Anhumas… meu lugar além… 15 de dezembro de 2022
    Não esperes, de mim, palavras doces… E Ele me disse, na escuridão de meus ouvidos: “De que reclamas, se, em tua vida, realizastes mais do que a maioria dos mortais?” E insiste, enfático: “O que esperas de mim, se, convicto, … Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • MEU VELHO CHICO 5 de dezembro de 2022
    Diário de uma expedição solitária AOS  MEUS AMORES À minha mãe querida, Dinorah, minha primeira professora, que durante toda sua vida só nos concedeu carinhos e cuidados, doando seus dias e noites à família, abandonando seus sonhos e ilusões para … Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • Kikuyo (in memoriam) 3 de dezembro de 2022
    Doce palavra que me traz à juventude… Sutil ironia… Vejo-te na graciosidade incontida de teus gestos… Perplexo, diante do infinito que não houve… Eternamente presente em tua ausência minha… Estranho desencontro, que nos preservou, a um só tempo, próximos e … Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • A Broxada do Imbroxável 27 de outubro de 2022
    As “arminhas” desse ser ignóbil e insignificante, que o identificam entre seus comparsas Não bastassem seus erros e tropeços grosseiros, apoiados, incondicionalmente, por sua tropa de choque, bostossauro começou a perder as esperanças quando o Nordeste em peso reafirmou que … Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • Opulência e Miséria – a História da Humanidade 30 de dezembro de 2021
    A História da Humanidade não é apenas a história dos vencedores, como ficou registrado nos livros, mas também a história dos derrotados, dos escravizados, da opulência e da miséria. Mais do que isso, é a história das três forças que … Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • A Mensagem e os Meios 30 de dezembro de 2021
    Os dilemas e desacertos de um falso “mito” dessa “republiqueta das bananas”, onde as instituições se desfazem no maior “imbróglio” político e ético da triste História do Brasil, repleta de mentiras, bravatas, torturas e genocídios…. Segundo Marshall McLuhan, educador, intelectual, … Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • Avatar, Gaia e a Impermanência do Eterno 30 de dezembro de 2021
    Em tempos de trevas, os maus espíritos se destacam na mediocridade dominante. A desconstrução do Universo e sua impermanência, contudo, evocam a insignificância das civilizações no contexto divino, e nos remete à relatividade dos conceitos humanos e da própria vida … Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • Revisitando o PAÍS DOS MENTECAPTOS (2018) 30 de dezembro de 2021
    Passados 200 dias da ascensão fascista ao poder no Brasil, na figura desse ser ignóbil, é difícil elencar todas as asneiras proferidas por aquele que foi eleito por 57 milhões de brasileiros, tamanha é a coleção de “joias da cultura … Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • As múltiplas faces do Neofascismo (2018) 30 de dezembro de 2021
    Em tempos de obscurantismo ideológico e religioso é preciso desmistificar alguns “MITOS” que rondam a sociedade contemporânea e ameaçam a evolução e a sobrevivência da Humanidade. Hitler, Mussolini, Pio XII e Bolsonaro são figuras que se apropriaram dessa corrente radical … Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • A apologia do ódio e o ocaso de uma Nação (2018) 30 de dezembro de 2021
    Quando o atual presidente mobilizou seus milhões de fanáticos e conseguiu se eleger, mesmo existindo tantos nomes melhores e mais qualificados, ninguém (nem mesmo seus adeptos fascistas) imaginou a dimensão da tragédia que se avizinhava para nosso povo. Agora, caídas … Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • O Ogro está nu… (2018) 30 de dezembro de 2021
    … e ejaculou fezes diante de um mundo perplexo e escandalizado com a mediocridade de um governante raivoso e despreparado para conduzir uma nação… Foto: o Brasil do futuro… Dificilmente as exportações brasileiras não serão afetadas pelo surpreendente discurso belicoso … Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • Democracia & Liberdade: o que está em jogo? (publicado em outubro de 2018) 30 de dezembro de 2021
    Durante 21 anos o Brasil foi amordaçado por uma feroz ditadura militar, que calou as vozes dissidentes, prendeu inimigos do regime, torturou e assassinou aqueles que queriam apenas Democracia e Liberdade. Até mesmo jornais conservadores e líderes religiosos que colaboraram … Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • Ideologia, democracia e outros saberes escusos 30 de dezembro de 2021
    Falar de Ideologia em um mundo imerso em disputas mesquinhas é fingir que qualquer das partes tem razão, enquanto o “outro” é sempre o culpado de todas as mazelas humanas. Enquanto isso, o relógio biológico da Terra se aproxima do … Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • A Ditadura Ruralista 30 de dezembro de 2021
    Poderíamos também chamá-la “A Ditadura dos Latifundiários”! O fato é que uma minoria que detém privilégios medievais e representa menos de 2% da população brasileira domina o Congresso Nacional, que deveria ser do POVO, caso vivêssemos, de fato, em uma … Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • Pandemia 20 de outubro de 2020
    Palavras doem como um parto, quando oprimidas pelos versos, pelas rimas, pelo ritmo… saem apertadas na imensidão dos dicionários que se ocultam na alma dos poetas… esgueiram-se pelas esquinas de seu pensamento, buscando a frase perfeita, a expressão única e … Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • Travessia 17 de setembro de 2020
      Caminho sem fim… e sem começo… Espaço vazio na existência de qualquer ser humano… Momento de perplexidade em que se questiona a mera razão do existir… Transição… momento efêmero… indefinido… desprovido de paz… pleno vazio!… Olhar que se perde … Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo

RSS Ensaios Fotográficos

  • PETAR – Parque Ecológico e TurÍstico do Alto do Ribeira 17 de maio de 2020
    APIAÍ E IPORANGA Cavernas Santana, Ouro Grosso e Água Suja
    João Carlos Figueiredo
  • Terra Ronca 17 de maio de 2020
    João Carlos Figueiredo
  • Cavernas do Peruaçu 17 de maio de 2020
    João Carlos Figueiredo
  • Montanhismo – CAP 15 de maio de 2020
    Clube Alpino Paulista – Homenagem a Domingos Giobbi
    João Carlos Figueiredo
  • Escalada na Mantiqueira 15 de maio de 2020
    Complexo da Pedra do Baú – São Bento do Sapucaí Maria Antonia – Atibaia Rapel em Cássia dos Coqueiros, São Paulo
    João Carlos Figueiredo
  • Mergulho 15 de maio de 2020
    Laje de Santos, Angra dos Reis, Paraty e Abrolhos
    João Carlos Figueiredo
  • Chapada Diamantina 14 de maio de 2020
    Formação de Educadores ao Ar Livre – FEAL/OBB Chapada Diamantina – Lençóis – Bahia
    João Carlos Figueiredo
  • Chapada dos Veadeiros 14 de maio de 2020
    Sertão Zen
    João Carlos Figueiredo
  • Aparados da Serra 14 de maio de 2020
    Cambará do Sul, São José dos Ausentes e Monte Negro
    João Carlos Figueiredo

RSS Nação Indígena

  • Política indigenista de Bolsonaro remonta ao “período do horror e da barbárie” de 40 anos atrás. 29 de abril de 2019
    Um retrocesso de mais de 40 anos que retoma a política integracionista indígena que levou à tragédia do extermínio em …Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • Resistimos há 519 anos e continuaremos resistindo 29 de abril de 2019
    “Nós, mais de 4 mil lideranças de povos e organizações indígenas de todas as regiões do Brasil, representantes de 305 …Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas 2 de setembro de 2018
    Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas
    João Carlos Figueiredo
  • Regime Tutelar e Gestão Militar 20 de julho de 2017
    Autor: João Pacheco de Oliveira, professor de Antropologia no Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (MN/UFRJ) Há …Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • A pedido do ISA, cinco especialistas em direitos indígenas comentam portarias polêmicas sobre questão indígena 20 de julho de 2017
    Fonte: Instituto Socioambiental (ISA) Os descaminhos do governo Temer na política indigenista acenderam novo sinal de alerta nas duas últimas …Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • Parecer da Advocacia-Geral da União vale para todos os órgãos da administração federal e incorpora tese do “marco temporal” 20 de julho de 2017
    Michel Temer em um de seus almoços com a bancada ruralista, em Brasília Fonte da notícia: Instituto Socioambiental (ISA) O governo …Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • MPF ajuíza ação por violações cometidas contra Xavantes de Marãiwatséde durante a ditadura e pede indenização de R$ 129.837.000,00 2 de maio de 2017
    A Fundação Nacional do Índio (Funai), a União, o Estado de Mato Grosso e 13 herdeiros das terras da fazenda …Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • Indígenas isolados do povo Yanomami foram registrados em operação da Funai 12 de dezembro de 2016
    Indígenas isolados do povo Yanomami foram registrados em operação da Funai Publicado em 09 Dezembro 2016 no site da FUNAI …Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • Carta Aberta ao Ministério da Justiça 9 de dezembro de 2016
    Brasília, 09 de dezembro de 2016 Excelentíssimo Senhor Ministro da Justiça Dr. Alexandre de Morais Prezado Senhor Na qualidade de …Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • Carta dos Conselheiros Guarani e Kaiowá da Aty Guasu para o Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados 9 de junho de 2015
    Caro Presidente Paulo Pimenta, nós conselheiros da Aty Guasu, Grande Conselho do povo Guarani e Kaiowá, representando os mais de …Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo

RSS Nossos Pais

  • Memorial de Ulysses 15 de dezembro de 2022
    Tenho refletido com frequência sobre o papel de Ulysses em nossas vidas. Já se passaram mais de 18 anos desde que ele se foi para sempre, mas permanece vivo em cada um de nós, inspirando-nos a seguir seus passos e honrar seu nome. Ulysses não deixou nenhum livro sobre suas próprias crenças, seu pensamento e […]
    João Carlos Figueiredo
  • A Bicicleta 26 de julho de 2014
    Hoje percebo o quanto a bicicleta faz parte de minhas memórias; ainda pequeno ganhei uma de meu pai, e até me lembro de sua marca: Merckswiss (acho que era assim que se escrevia). Era pequena e azul, e eu me equilibrava nela com muita dificuldade, mal tocando a ponta do pé no chão, ao parar. […]
    João Carlos Figueiredo
  • MADRASTA SOLIDÃO 26 de julho de 2014
    Vejo-a com meus olhos de menino Encantado por sua dedicação E nada fiz por merecê-la Simplesmente existi Vejo-me pelos seus olhos pequeninos Embaciados pela vida que passou E nada fiz por recompensá-la Pois só cuidei de mim Enclausurada em sua solidão sem fim Não a encontro mais perto de mim E nada posso fazer por […]
    João Carlos Figueiredo
  • Memórias de meu Mestre 10 de março de 2014
    Hoje ele teria quase 94 anos; porém, há dez anos nos deixou para sempre. Meu pai se foi antes do tempo, assim como se vão aqueles a quem amamos e respeitamos pela sua coerência, sabedoria, humildade e LUZ! Sim, ele foi o farol de meu caminhar, e continuará sendo. Sempre que me encontro em uma […]
    João Carlos Figueiredo
  • Este ano não te levei flores… 8 de fevereiro de 2013
    Dia 1º de fevereiro passou em “brancas nuvens”… aniversário de vida de nossa querida mãezinha… mas não foi por desatenção que não te levei flores, mãe querida; foi por absoluta falta de opções! Estava em outras plagas, lutando por um povo Xavante, de quem lhes tiraram tudo, assim como tiraram de mim as lembranças de […]
    João Carlos Figueiredo
  • Dinah e Ulysses 13 de novembro de 2012
    O tempo se esvai na correnteza dos fatos cotidianos, ofuscando, injustamente, as lembranças de nossos antepassados. Nossas memórias se distanciam, nossas homenagens se ajustam ao calendário, nosso amor e carinho com os que se foram ficam restritos às esparsas orações que o pensamento embotado faz àqueles que justificaram a nossa presença neste mundo. Para re […]
    João Carlos Figueiredo
  • Saudades, meu amigão! 28 de agosto de 2012
    Ulysses faria hoje 92 anos… ele se foi há 8 anos, 5 meses e 21 dias, mas ainda sinto demais sua falta em minha vida. Cada vez que algum problema me perturba, invoco a presença de meu pai, que sabia sempre me dar um bom conselho. Sempre que realizo algo muito bom, que me envaidece […]
    João Carlos Figueiredo
  • Primeiras Lembranças 26 de junho de 2012
    Minha primeira infância foi em Dracena, cidade próxima à fronteira de São Paulo com Mato Grosso (hoje, Mato Grosso do Sul), perto de Panorama, às margens do rio Paraná. Fomos algumas vezes a esse lugar, e lembro-me (porque me contaram) que ainda era um local selvagem, com densas matas às margens do rio, onde se avistavam onças […]
    João Carlos Figueiredo
  • Transição 24 de junho de 2012
    Adormeceu, por fim… Seu Espírito já não habita esse corpo cansado, incapaz de conter um coração tão generoso e belo. Sua alma, agora, ascende a outras mansões, onde os Avatares, Seres de Luz, compartilham sua Sabedoria com aqueles que buscam o Caminho. E aqui ficamos nós, com nossa dor dessa separação não desejada, com a […]
    João Carlos Figueiredo
  • Ah… Dinorah, Dinorah! 24 de maio de 2012
    Eu a vejo partir aos poucos, diante de meus olhos, e me pergunto: por que? Talvez eu sofra muito mais do que ela… e assim como quando meu pai também partiu, um enorme pedaço de meu coração se romperá e se perderá para sempre. Minha mãezinha… o ser mais querido que tenho, e nada posso […]
    João Carlos Figueiredo

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