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Arquivos Mensais: abril 2013

Grupo de trabalhadores rurais mantém ocupação em terra indígena no Mato Grosso

26 sexta-feira abr 2013

Posted by João Carlos Figueiredo in Xavante

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Eles se identificaram como antigos moradores retirados da área em janeiro por ordem judicial e retornaram ao interior da terra indígena no último domingo.

Cerca de 40 famílias de trabalhadores rurais que viviam no interior da terra indígena xavante Marãiwatsédé, no nordeste de Mato Grosso, continuam protestando contra o que classificam como demora do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) em assentá-las em um local adequado.

Desde então, os manifestantes permanecem acampados próximo ao cruzamento das rodovias federais BRs 158 e 242, a cerca de 20 quilômetros da aldeia indígena.

Embora as lideranças xavantes já tenham alertado para o risco de confrontos e pedido, por meio da imprensa, que as autoridades providenciem a retirada das famílias de não índios da área, os manifestantes dizem que só deixam o local após o Incra atender a todas as suas reivindicações.

Temendo conflitos, o Ministério Público Federal (MPF) pediu à Justiça Federal que determine o restabelecimento da ordem de desocupação da terra indígena e o reforço do contingente de policiais federais e da Força Nacional, presente no local desde o início da ação de retirada dos não índios.

Segundo a assessoria da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Cuiabá, nenhum ato de violência foi registrado até o momento e os manifestantes garantiram não ter intenção de bloquear o tráfego de veículos. Policiais das cidades de Barra do Garças e de Água Boa monitoram a situação e, caso necessário, a PRF diz ter condições de deslocar reforços rapidamente para o local.

Em nota, a Superintendência Regional do Incra no Mato Grosso garantiu que 105 famílias vão ser assentadas no projeto de assentamento Vida Nova, na cidade de Alto da Boa Vista. A demarcação dos lotes está em fase de finalização. Além do lote, as famílias beneficiadas vão receber R$ 3.200 para apoio e instalação.

Ainda segundo o Incra, 270 das famílias que viviam em Marãiwatsédé estão cadastradas, à espera de um lote. Para atender a mais famílias além das 105 que irão para o Vida Nova, o instituto garante ter oferecido lotes no município vizinho, Ribeirão Cascalheira, mas a proposta não foi aceita.

Por fim, o Incra garante estar mantendo, na região, uma equipe de técnicos responsável por dar continuidade ao trabalho de assentar as famílias que atendam aos critérios da Política Nacional de Reforma Agrária.

A ação da força-tarefa federal responsável por retirar os não índios de Marãiwatsédé durou cerca de dois meses e foi concluída no final de janeiro deste ano. Há duas semanas, representantes do governo federal organizaram uma cerimônia para oficializar a concessão de uso da área aos cerca de 1,8 mil índios xavantes que viviam na região, segundo o Censo de 2010.

A terra indígena tem 165 mil hectares (1 hectare corresponde a 10 mil metros quadrados, o equivalente a um campo de futebol oficial) e abrange parte do território das cidades mato-grossenses de Alto Boa Vista, Bom Jesus do Araguaia e São Félix do Araguaia.

Fonte: ECO Reserva

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Os invisíveis querem ser vistos

25 quinta-feira abr 2013

Posted by João Carlos Figueiredo in Povos Indígenas

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Livro resgata a contribuição dos antropólogos franceses Pierre e Hélène Clastres sobre os Tupi-Guarani, “um desafio para o modelo de desenvolvimento dominante” (reprodução)
URL: agencia.fapesp.br/17098
Estudos especiais – fapesp

Por José Tadeu Arantes

Agência FAPESP – O resgate do pensamento dos antropólogos franceses Pierre e Hélène Clastres é uma das peças de resistência do livro O Profeta e o Principal, de Renato Sztutman, professor do Departamento de Antropologia da Universidade de São Paulo (USP).

Ponto de clivagem na reflexão antropológica, com profunda repercussão na filosofia, na sociologia e na prática política, a obra seminal do casal Clastres foi objeto de atenta releitura por parte de Sztutman em sua tese de doutorado, desenvolvida de 2001 a 2005, sob a orientação de Dominique Tilkin Gallois, com Bolsa da FAPESP. O livro, recentemente publicado também com apoio da FAPESP, é uma revisão dessa tese, que tem por objeto o material teórico relativo aos Tupi-Guarani.

“A reflexão acerca dos Guarani foi fundamental para que Pierre Clastres [1934-1977] formulasse sua concepção de sociedade contra o Estado”, afirmou Sztutman. “E o que estamos vendo hoje, 35 anos depois da morte prematura de Clastres [que faleceu aos 43 anos em um acidente automobilístico], é justamente um reflexo disso. Por se estruturarem como uma sociedade contra o Estado, os Guarani se tornaram indesejáveis para a sociedade e para o Estado hegemônicos”.

Sztutman aponta diversas características que fariam dos Guarani um desafio para o modelo de desenvolvimento dominante: “São povos que vivem em regiões que estão sendo ocupadas pelo agronegócio; que atravessam as fronteiras nacionais, transitando entre o Brasil, o Paraguai, a Argentina e o Uruguai; que têm uma relação com a terra completamente diferente do que se possa imaginar como sendo propriedade; que, apesar de terem líderes e saberem se organizar politicamente para a autodefesa, resistem à centralização política e à figura de um chefe central”.

Segundo o pesquisador, durante muito tempo a sociedade brasileira fez vistas grossas aos crimes cometidos contra os Guarani. “Eles estavam sendo dizimados e ninguém se importava. Hoje, uma parcela expressiva da sociedade chegou finalmente à compreensão de que é imprescindível dar direito de existência a populações que são contra o modelo hegemônico. Não podemos mais fazer vistas grossas. Temos que nos posicionar pelo direito de essas sociedades serem o que são: contra o Estado (e seu modelo desenvolvimentista), dentro de um Estado”, disse.

No Sudeste e Sul do Brasil, há Guarani em muitos locais. Na própria cidade de São Paulo, a não muitos quilômetros do marco central, na Praça da Sé, existem três aldeias guarani: duas em Parelheiros e outra próxima do Pico do Jaraguá. Mas, por ocuparem pouco espaço, estarem sempre em movimento e serem discretos no contato com a sociedade envolvente, esses Guarani se tornaram praticamente invisíveis.

“Em um texto de meados dos anos 1980, Eduardo Viveiros de Castro (antropólogo e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro) se referiu a eles como povo imperceptível”, disse Sztutman. “Quando pensamos em índio, pensamos na Amazônia ou no passado. Mas os Guarani não estão na Amazônia nem no passado. Estão diante dos nossos olhos. E nós não os vemos.”

Conforme Sztutman, outro marco divisório, este no domínio teórico da antropologia, com repercussão na filosofia e nas ciências humanas em geral, foi estabelecido, décadas atrás, pelo livro A Sociedade contra o Estado, de Pierre Clastres. Nele, o pesquisador francês interpretou a ausência de Estado nas sociedades indígenas não como uma deficiência (algo a que elas ainda não chegaram), mas como uma rejeição (algo a que elas se opõem, por meio de mecanismos eficazes).

A partir de Clastres, o esquema clássico, calcado na experiência dos povos da Europa, deixou de ser um modelo inelutável para a interpretação da trajetória de todos os povos do mundo. O Profeta e o Principal, de Sztutman, se insere em um grande movimento de recuperação e releitura da obra de Clastres.

“Principalmente nos anos 1980, os antropólogos se afastaram muito da perspectiva clastreana, pois buscavam uma antropologia mais empírica e Clastres era considerado excessivamente filosófico: alguém que trabalhava com os dados de maneira imprecisa e chegava a grandes conclusões com base em poucas evidências. De fato, na época em que ele escreveu, décadas de 1960 e 1970, havia poucos estudos etnográficos sobre os povos amazônicos, dentre eles os de língua tupi. Porém, nas décadas seguintes, estudos importantes foram realizados. E, principalmente com o trabalho de Viveiros de Castro, começou a haver uma reaproximação da etnologia com a filosofia, mas, então, já com a possibilidade de se discutir ideias filosóficas a partir de uma grande riqueza de dados empíricos. Aí, se abriu uma brecha para a releitura dos Clastres, Pierre e Hélène”, disse Sztutman.

Sztutman, que também é pesquisador do Centro de Estudos Ameríndios e do Laboratório de Imagem e Som em Antropologia, considera-se um herdeiro dessa nova tendência, reconhecendo, além da contribuição de Viveiros de Castro, as influências de Márcio Goldman e Tânia Stolze Lima, do Rio de Janeiro, e de Dominique Gallois e Beatriz Perrone-Moisés, de São Paulo, com quem tem trabalhado frequentemente e que prefaciou o seu livro.

“Realizei, em 1996, um trabalho de campo entre os Wajãpi, grupo de língua tupi que habita a região do rio Oiapoque, no extremo norte do Brasil, perto da fronteira com a Guiana Francesa. Escrevi sobre essa experiência em minha tese de mestrado. Foi uma permanência curta, mas que originou muitas inquietações que motivaram, depois, meu doutorado”, contou Sztutman.

“Embora os Guarani sejam, hoje, o povo indígena mais populoso da América do Sul, existem também muitos povos Tupi na Amazônia. O que suscitou meu interesse pelos Tupi antigos foram os Tupi amazônicos, e não os Guarani”, afirmou.

O xamã e o guerreiro

“Meu trabalho de pesquisa se baseia na continuidade das formas indígenas de organização políticas do passado até o presente. Tento identificar, como base dessa continuidade, a relação de duas figuras importantes: a do chefe ou ‘principal’, ligado à guerra, e a do xamã ou ‘profeta’, ligado ao mundo não humano. São duas figuras ao mesmo tempo opostas e complementares”, disse Sztutman.

“ É um pouco na alternância dessas duas formas de liderança que a vida social se constitui. Mas não há um dualismo total, porque você não encontra essas figuras puras. Todo chefe de guerra é um pouco xamã; todo xamã é um pouco guerreiro. São princípios em combinação. O profeta é um grande xamã, alguém que vai além do xamanismo estrito, voltado para a cura e a feitiçaria, e lhe dá um sentido político, liderando as grandes migrações rumo à ‘terra sem mal’”, explicou.

Sztutman reconhece que seu viés é mais o do pesquisador teórico-bibliográfico do que o do pesquisador de campo. Porém considera a pesquisa de campo uma passagem obrigatória para o antropólogo.

“Uma professora que tive dizia que é muito diferente ler uma etnografia quando se teve experiência de campo. A formação do antropólogo tem que passar pelo campo, mesmo que ele descubra que a sua vocação é mais ligada ao trabalho de comparação, de análise, de sistematização ou mesmo de história intelectual, como é o meu caso”, disse.

“Voltei a campo, depois que estive com os Wajãpi. E gostaria de voltar novamente. Mas acho que a melhor contribuição que posso dar é a de cotejar as etnografias, de confrontar as teorias com os dados, e, também, de fazer um pouco da história da etnologia indígena. Acho que a etnologia indígena pode dar uma contribuição muito grande para as ciências humanas em geral”, disse Sztutman.

  • O Profeta e o Principal
    Autor: Renato Sztutman
    Lançamento: 2012
    Preço: R$ 85
    Páginas: 576
    Mais informações: www.edusp.com.br/detlivro.asp?ID=413728
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‘Estão à própria sorte’, diz indigenista sobre povos isolados

22 segunda-feira abr 2013

Posted by João Carlos Figueiredo in Índios Isolados

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Carlos Meirelles começou a trabalhar com índios isolados em 1988.

Ele falou sobre povos e a situação das Frentes de Proteção.

 Repórter: Veriana Ribeiro (Fonte: G1 AC)

Carlos Meirelles conversou com o G1 sobre a atual situação dos índios isolados (Foto: Veriana Ribeiro/G1)Carlos Meirelles conversou com a reportagem sobre a atual situação dos índios isolados (Foto: Veriana Ribeiro/G1)

O ex-sertanista e atual assessor indígena da Assessoria Especial para Assuntos Indígenas do Acre, Carlos Meirelles, trabalha desde 1988 com índios isolados. Ele explicou à reportagem sobre esses grupos indígenas, as principais ameaças vividas por eles e criticou a situação das Frentes de Proteção Etnoambiental. “As bases estão abandonadas e os índios estão à própria sorte”, afirmou.

Os isolados
O trabalho com Índios Isolados começou na Fundação Nacional do Índio (Funai) em 1987, quando o órgão criou o Departamento de Índios Isolados e mudou sua política sertanista. Assim conta Carlos Meirelles, que fez parte deste processo e lembra das mudanças realizadas na época. “A gente aproveitou o ganho da nova constituição e fizemos uma proposta de política, em que inverteu a ordem de prioridade. A prioridade então seria proteger os índios isolados e não fazer contato com eles”, conta.

índios isolados (Foto: Gleison Miranda/ Funai/ Survival/ Divulgação)No Acre, há quatro grupos distintos de índios isolados (Foto: Gleison Miranda/ Funai/ Survival/ Divulgação)

Meirelles, que na época era técnico de indigenismo na Funai, foi trabalhar em 1988 onde hoje é localizada a Frente de Proteção Etnoambiental Rio Envira, como coordenador do local. “Eu vim para o Acre em 76. Trabalhava com Jaminawa, Manchineri, mas com isolados foi a partir de 88”, lembra.

“Os grandes fazendeiros, se desconfiarem que tem indio isolado na terra deles, mandam matar” [Carlos Meirelles]

Desde então o indigenista trabalha e estuda povos isolados. Segundo ele, no Acre, há quatro grupos distintos de índios isolados. “Na região do Envira tem três grupos de isolados que são agricultores. Mas depois de três anos eles mudam. É uma andança do roçado, mas não é o nomadismos. Pelas características dos roçados e casas, é possível que eles sejam de etnias Panos”, explica.

Existe também um outro grupo, que Meirelles gosta de classificar como caçadores e coletores. “Os caçadores e coletores andam em uma área muito grande, mas é sempre aquela área. Anda sazonalmente na região da Terra Indígena do Mamoadate, onde ficam os Manchineri. E também no Envira”, diz.

De acordo com ele, desses quatro grupos de índios isolados, metade vive na área de fronteira com o Peru. “Uma hora eles estão do lado brasileiro, outra eles tão do lado peruano. Eles sempre moraram ali, a gente que inventou uma linha imaginária e colocou no meio. Eles não migram, eles sempre estiveram ali. Mas quando está ruim de um lado, ele ficam na outra parte da fronteira”, comenta.

O ex-sertanista explica que devido as explorações de petróleo, madeira e o tráfico de drogas no lado peruano, os isolados estão aparecendo com maior frequência no lado brasileiro. Só que a região do rio Envira já sofreu diversas vezes com a invasão de traficantes de drogas. Atualmente a frente de proteção não está funcionando, de acordo com Meirelles.

Além disso, como existem várias evidências de índios isolados no Brasil e a demarcação pode ser feita sem que eles sejam contatados, muitos são mortos por grandes fazendeiros. “Os grandes fazendeiros, se desconfiarem que tem índio isolado na terra deles, mandam matar tudo, sumir com os vestígios se não perde a terra”, afirmou Meirelles.

  •  A Frente de Proteção Etnoambiental do Rio Envira foi, diversas vezes, invadida por traficantes peruanos

A Frente de Proteção Etnoambiental do Rio Envira (Foto: Gleilson Miranda/Agencia de Noticias do Acre)
(Foto: Gleilson Miranda/Agência de Noticias do Acre)

Situação das frentes

No Acre, existem atualmente duas Frentes de Proteção Etnoambiental para lidar com os Índios Isolados. Porém, elas estão fechadas. De acordo com Meirelles, a Funai fez, em 2010, a contratação de Auxiliares de Frente. Porém, antigo coordenador da Frente Envira não concorda com a forma que foi feita essa seleção. “Até 2010, tinha um coordenador da frente e tinham os mateiros. Que eram pessoas terceirizadas, que a gente selecionou ao longo do tempo na beira de rio, gente bom de mato”, conta.

O processo seletivo feito para Funai, segundo Meirelles, foram contratados 16 pessoas que tinha conhecimentos acadêmicos, mas que não sabiam viver no meio da floresta. “Como você protege um território, se você não sabe nem andar no mato? Como esse cara vai identificar vestígio de índio isolado se ele não sabe a diferença de uma paxiúba de uma bananeira?”, ironiza o ex-coordenador de Frente.

saiba mais

  • Funai registra migração de índios isolados do Peru para o Acre
  • Funai alerta para risco de genocídio de índios isolados no Acre
  • Divulgadas fotos inéditas de índios isolados entre o Brasil e o Peru

Segundo Meirelles, os mateiros que trabalhavam na Frente não tiveram a oportunidade de ensinar os novos contratados. “O dia que esses caras começaram a trabalhar, a Funai demitiu todos os nossos mateiros”, critica. “O cara não está no ambiente dele, ele não foi treinado, eu não sabia também quando eu fui trabalhar na Funai. Eu aprendi, tive quem me ensinasse”, afirma.

O especialista em índios isolados também critica os novos contratados, que ao serem contratados começaram a fazer diversas exigências trabalhistas. “Assisti uma reunião dessa turma, durante três dias não ouvia a palavra índio. É uma questão trabalhista”, recrimina.

Quando se trabalha em uma Frente Etnoambiental da Funai, segundo Meirelles, é feito um esquema de plantão. “Você fica confinado. Se você passa 24 horas de plantão, você não tem três dias de folga? Se o cara passa um mês no mato, eles querem passar três meses de folga. A Funai teria que contratar um helicóptero para transportar esse povo em esquema de rodízio, para a Frente não ficar abandonada”, ironiza o ex-sertanista.

Meirelles acredita que a situação é complicada e não sabe como a instituição irá resolver. Procurados pela reportagem, a Funai informou que o responsável pelo setor que trabalha com as frentes de proteção e os índios isolados está viajando e a instituição não poderia se pronunciar no momento sobre o caso.

Meirelles acredita que, se o conflito de interesses se resolvesse, com um grupo de 16 pessoas poderia ser feito um bom trabalho. “Tem duas coisas para fazer. Você tem que proteger o território dos índios isolados e tem que trabalhar com os índios do entorno. Uma turma ficaria nas bases, junto com os mateiros até eles aprenderem”, comenta.

Para ele, o trabalho nas frentes de proteção é uma ação que deve ser fortalecida, mas que é preciso repensar as políticas em relação aos índios isolados no Brasil. “Arrumar a frente é varejo, se não tiver uma política nacional séria em relação a esses povos não adianta organizar essas frentes. Já é difícil convencer o estado brasileiro pra marcar uma terra pra índio que você conversa, imagina demarcar uma terra pra um índio que ninguém vê?”, diz.

Índigenas ajudam pesquisadores a identificar nos mapas onde foram encontrados vestigios de índios isolados (Foto: Arquivo Pessoal)Índigenas ajudam pesquisadores a identificar nos mapas onde foram encontrados vestígios de índios isolados (Foto: Arquivo Pessoal)

Diálogo

De acordo com Meirelles, mesmo que não haja contato direto com os índios isolados, existia nas frentes de proteção um diálogo com esses povos. “Há um diálogo com a frente e os isolados, mas era um diálogo de atitudes, não de palavras”, afirma.

Segundo ele, era fácil perceber se os isolados estavam sofrendo problemas com a relação que eles tinham com a Frente. “A gente acaba sendo um termômetro, quando eles começam a flechar a gente sabe que está acontecendo algum problema”, explica.

Ele explica que havia no espaço da Frente de Proteção um roçado feito para os índios isolados com um objeto que produzia som. “Quando os índios estavam numa boa, eles avisavam que tinham passado por lá soprando”, comenta.

Meirelles afirma que, mesmo com o monitoramento via satélite, é necessário ter pessoas nos territórios para realizar o monitoramento e proteção da área. “Esses povos só existem como isolados se o território tiver tranqüilo, se eles tiverem caça, tiverem peixe. Se a área tiver tranquila  Caso contrário, como isolados eles se acabam”, afirma.

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Dia do Índio (?)

19 sexta-feira abr 2013

Posted by João Carlos Figueiredo in Povos Indígenas

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O Brasil é o país da Biodiversidade. Possui as maiores florestas da Terra, os maiores rios do mundo, a maior variedade de espécies animais e vegetais. Mas não é disso que pretendo falar hoje, dia que deveria ser reverenciado por todos, principalmente por aqueles que são os responsáveis pelo destino de nossa gente e, no entanto, só cuidam de seus interesses mesquinhos e de seus apaniguados.

Temos, certamente, a maior diversidade de etnias do nosso planeta, mesmo depois de séculos de exploração e genocídio! E nem falo dos brancos: falo de nossos indígenas, assim chamados apenas pela dificuldade de mencionar as centenas de Nações que habitam nosso país há séculos, muito antes da chegada dos invasores europeus, que aqui vieram apenas para saquear suas culturas tradicionais.

Hoje deveria ser comemorado o DIA DO ÍNDIO. No entanto, nossa mandatária maior, Dilma Rousseff, saiu da capital do país para participar da posse de Nicolás Maduro na presidência da Venezuela. Não se vêem manifestações de alegria, festas, comemorações, seja na Capital Federal, seja nas demais capitais do país, seja até mesmo nas aldeias indígenas espalhadas por todo nosso território, que já foi somente deles, quando ainda podiam ser contados aos milhões…

Enquanto esses povos deveriam estar festejando seu dia, os políticos corruptos do Congresso Nacional tramam pelo seu futuro e pela sua vida, retirando da FUNAI, Fundação Nacional do Índio, o direito histórico de demarcar suas terras. No entanto, nem mesmo a FUNAI se manifesta, seja contra mais essa atrocidade dos latifundiários ruralistas, ansiosos por colocar suas patas nos territórios indígenas, para também convertê-los em PASTO  e enormes plantações de SOJA, seja para reverenciar as civilizações originárias da “terra brasilis“, pelas quais é responsável.

O que essa gente humilde teria a comemorar, se a nação que a abriga tem tamanho desprezo pelas suas tradições e conhecimentos milenares? Até mesmo o povo que descendeu da miscigenação de brancos, negros e índios despreza esses povos! O preconceito é tamanho que costumamos ouvir que “é terra demais para tão pouco índio”! E, no entanto, eles são tão poucos graças aos portugueses que os assassinaram aos milhares ao adentrar o Novo Continente, aos latifundiários e madeireiros que invadem seus territórios para queimar a floresta, roubar suas árvores centenárias, assassinar lideranças e CRIANÇAS indígenas para tomar posse de seus territórios!

É muito triste ter que escrever isso, mas as maldades não param por aí… os “missionários” religiosos (salesianos, claretianos, jesuítas, evangélicos, pentecostais, mórmons, …) fazem uma “limpeza étnica” desde o início do século XVI, com a chegada dos portugueses, e continuam até hoje, levando “doenças dos brancos” e invadindo suas aldeias com uma crença que nada tem a ver com a história desses povos indígenas. E não foi apenas a substituição de suas crenças, por si só um crime inominável contra essas populações, mas também a destruição de suas línguas nativas, a descaracterização de seus costumes, o aldeamento de suas crianças, a introdução da ideia medieval do “pecado capital” da nudez, das habitações coletivas e da ingenuidade pura de suas relações sociais!

Comemorar o que?

Creio que, apesar de tudo, ainda resta uma esperança, pois esses bravos guerreiros ainda não abdicaram de sua identidade como nações independentes, e enfrentaram os porcos do Congresso, exigindo que essas pseudo-lideranças políticas se envergonhassem de seus próprios atos e práticas abomináveis e os recebessem, ainda que a contragosto, naquela que deveria ser a ARENA de debates mais digno de nossa Nação! Pois que esses povos encontrem a força e a determinação para exorcizar esses demônios das mais diferentes seitas evangélicas e cristãs, e resistam até o último guerreiro a entregar suas terras e seu povo aos corruptos políticos do Brasil. Se nós, cidadãos invasores e maiores responsáveis por essas excrescências de nosso sistema de poder, não temos vergonha na cara para expulsá-los, que sejam, então, os indígenas, irmãos de nossa gente, que o façam!

SALVE O DIA DO ÍNDIO!
SALVEM AS NAÇÕES INDÍGENAS DO BRASIL! 

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    Os dilemas e desacertos de um falso “mito” dessa “republiqueta das bananas”, onde as instituições se desfazem no maior “imbróglio” político e ético da triste História do Brasil, repleta de mentiras, bravatas, torturas e genocídios…. Segundo Marshall McLuhan, educador, intelectual, … Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • Avatar, Gaia e a Impermanência do Eterno 30 de dezembro de 2021
    Em tempos de trevas, os maus espíritos se destacam na mediocridade dominante. A desconstrução do Universo e sua impermanência, contudo, evocam a insignificância das civilizações no contexto divino, e nos remete à relatividade dos conceitos humanos e da própria vida … Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • Revisitando o PAÍS DOS MENTECAPTOS (2018) 30 de dezembro de 2021
    Passados 200 dias da ascensão fascista ao poder no Brasil, na figura desse ser ignóbil, é difícil elencar todas as asneiras proferidas por aquele que foi eleito por 57 milhões de brasileiros, tamanha é a coleção de “joias da cultura … Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • As múltiplas faces do Neofascismo (2018) 30 de dezembro de 2021
    Em tempos de obscurantismo ideológico e religioso é preciso desmistificar alguns “MITOS” que rondam a sociedade contemporânea e ameaçam a evolução e a sobrevivência da Humanidade. Hitler, Mussolini, Pio XII e Bolsonaro são figuras que se apropriaram dessa corrente radical … Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • A apologia do ódio e o ocaso de uma Nação (2018) 30 de dezembro de 2021
    Quando o atual presidente mobilizou seus milhões de fanáticos e conseguiu se eleger, mesmo existindo tantos nomes melhores e mais qualificados, ninguém (nem mesmo seus adeptos fascistas) imaginou a dimensão da tragédia que se avizinhava para nosso povo. Agora, caídas … Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • O Ogro está nu… (2018) 30 de dezembro de 2021
    … e ejaculou fezes diante de um mundo perplexo e escandalizado com a mediocridade de um governante raivoso e despreparado para conduzir uma nação… Foto: o Brasil do futuro… Dificilmente as exportações brasileiras não serão afetadas pelo surpreendente discurso belicoso … Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • Democracia & Liberdade: o que está em jogo? (publicado em outubro de 2018) 30 de dezembro de 2021
    Durante 21 anos o Brasil foi amordaçado por uma feroz ditadura militar, que calou as vozes dissidentes, prendeu inimigos do regime, torturou e assassinou aqueles que queriam apenas Democracia e Liberdade. Até mesmo jornais conservadores e líderes religiosos que colaboraram … Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • Ideologia, democracia e outros saberes escusos 30 de dezembro de 2021
    Falar de Ideologia em um mundo imerso em disputas mesquinhas é fingir que qualquer das partes tem razão, enquanto o “outro” é sempre o culpado de todas as mazelas humanas. Enquanto isso, o relógio biológico da Terra se aproxima do … Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • A Ditadura Ruralista 30 de dezembro de 2021
    Poderíamos também chamá-la “A Ditadura dos Latifundiários”! O fato é que uma minoria que detém privilégios medievais e representa menos de 2% da população brasileira domina o Congresso Nacional, que deveria ser do POVO, caso vivêssemos, de fato, em uma … Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • Sem destino 20 de março de 2021
    Quisera não compreender a realidadeIludir-me, como o fazem todos os demaisFingir que ainda acredito na humanidadeQue ainda existem esperanças nesta vida Mas não sou assim: perdi a ingenuidadeE sei que um dia tudo encontrará seu fimE que não é possível … Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • Pandemia 20 de outubro de 2020
    Palavras doem como um parto, quando oprimidas pelos versos, pelas rimas, pelo ritmo… saem apertadas na imensidão dos dicionários que se ocultam na alma dos poetas… esgueiram-se pelas esquinas de seu pensamento, buscando a frase perfeita, a expressão única e … Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • Travessia 17 de setembro de 2020
      Caminho sem fim… e sem começo… Espaço vazio na existência de qualquer ser humano… Momento de perplexidade em que se questiona a mera razão do existir… Transição… momento efêmero… indefinido… desprovido de paz… pleno vazio!… Olhar que se perde … Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • Alô… alô, Terra! 4 de novembro de 2019
    Quem vos fala é o Deus que vós mesmos criastes, estarrecido com a degradação geral de valores que alimenta os pobres seres humanos que habitam esse minúsculo planeta! Onde pensais que ireis chegar, agindo com tamanho desprezo por tudo que … Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo

RSS Ensaios Fotográficos

  • PETAR – Parque Ecológico e TurÍstico do Alto do Ribeira 17 de maio de 2020
    APIAÍ E IPORANGA Cavernas Santana, Ouro Grosso e Água Suja
    João Carlos Figueiredo
  • Terra Ronca 17 de maio de 2020
    João Carlos Figueiredo
  • Cavernas do Peruaçu 17 de maio de 2020
    João Carlos Figueiredo
  • Montanhismo – CAP 15 de maio de 2020
    Clube Alpino Paulista – Homenagem a Domingos Giobbi
    João Carlos Figueiredo
  • Escalada na Mantiqueira 15 de maio de 2020
    Complexo da Pedra do Baú – São Bento do Sapucaí Maria Antonia – Atibaia Rapel em Cássia dos Coqueiros, São Paulo
    João Carlos Figueiredo
  • Mergulho 15 de maio de 2020
    Laje de Santos, Angra dos Reis, Paraty e Abrolhos
    João Carlos Figueiredo
  • Chapada Diamantina 14 de maio de 2020
    Formação de Educadores ao Ar Livre – FEAL/OBB Chapada Diamantina – Lençóis – Bahia
    João Carlos Figueiredo
  • Chapada dos Veadeiros 14 de maio de 2020
    Sertão Zen
    João Carlos Figueiredo
  • Aparados da Serra 14 de maio de 2020
    Cambará do Sul, São José dos Ausentes e Monte Negro
    João Carlos Figueiredo

RSS Nação Indígena

  • Política indigenista de Bolsonaro remonta ao “período do horror e da barbárie” de 40 anos atrás. 29 de abril de 2019
    Um retrocesso de mais de 40 anos que retoma a política integracionista indígena que levou à tragédia do extermínio em …Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • Resistimos há 519 anos e continuaremos resistindo 29 de abril de 2019
    “Nós, mais de 4 mil lideranças de povos e organizações indígenas de todas as regiões do Brasil, representantes de 305 …Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • Declaração Universal dos Direitos dos Povos Indígenas 2 de setembro de 2018
    Declaração das Nações Unidas sobre os Direitos dos Povos Indígenas
    João Carlos Figueiredo
  • Regime Tutelar e Gestão Militar 20 de julho de 2017
    Autor: João Pacheco de Oliveira, professor de Antropologia no Museu Nacional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (MN/UFRJ) Há …Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • A pedido do ISA, cinco especialistas em direitos indígenas comentam portarias polêmicas sobre questão indígena 20 de julho de 2017
    Fonte: Instituto Socioambiental (ISA) Os descaminhos do governo Temer na política indigenista acenderam novo sinal de alerta nas duas últimas …Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • Parecer da Advocacia-Geral da União vale para todos os órgãos da administração federal e incorpora tese do “marco temporal” 20 de julho de 2017
    Michel Temer em um de seus almoços com a bancada ruralista, em Brasília Fonte da notícia: Instituto Socioambiental (ISA) O governo …Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • MPF ajuíza ação por violações cometidas contra Xavantes de Marãiwatséde durante a ditadura e pede indenização de R$ 129.837.000,00 2 de maio de 2017
    A Fundação Nacional do Índio (Funai), a União, o Estado de Mato Grosso e 13 herdeiros das terras da fazenda …Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • Indígenas isolados do povo Yanomami foram registrados em operação da Funai 12 de dezembro de 2016
    Indígenas isolados do povo Yanomami foram registrados em operação da Funai Publicado em 09 Dezembro 2016 no site da FUNAI …Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • Carta Aberta ao Ministério da Justiça 9 de dezembro de 2016
    Brasília, 09 de dezembro de 2016 Excelentíssimo Senhor Ministro da Justiça Dr. Alexandre de Morais Prezado Senhor Na qualidade de …Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo
  • Carta dos Conselheiros Guarani e Kaiowá da Aty Guasu para o Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados 9 de junho de 2015
    Caro Presidente Paulo Pimenta, nós conselheiros da Aty Guasu, Grande Conselho do povo Guarani e Kaiowá, representando os mais de …Continuar lendo →
    João Carlos Figueiredo

RSS Nossos Pais

  • Memorial de Ulysses 15 de dezembro de 2022
    Tenho refletido com frequência sobre o papel de Ulysses em nossas vidas. Já se passaram mais de 18 anos desde que ele se foi para sempre, mas permanece vivo em cada um de nós, inspirando-nos a seguir seus passos e honrar seu nome. Ulysses não deixou nenhum livro sobre suas próprias crenças, seu pensamento e […]
    João Carlos Figueiredo
  • A Bicicleta 26 de julho de 2014
    Hoje percebo o quanto a bicicleta faz parte de minhas memórias; ainda pequeno ganhei uma de meu pai, e até me lembro de sua marca: Merckswiss (acho que era assim que se escrevia). Era pequena e azul, e eu me equilibrava nela com muita dificuldade, mal tocando a ponta do pé no chão, ao parar. […]
    João Carlos Figueiredo
  • MADRASTA SOLIDÃO 26 de julho de 2014
    Vejo-a com meus olhos de menino Encantado por sua dedicação E nada fiz por merecê-la Simplesmente existi Vejo-me pelos seus olhos pequeninos Embaciados pela vida que passou E nada fiz por recompensá-la Pois só cuidei de mim Enclausurada em sua solidão sem fim Não a encontro mais perto de mim E nada posso fazer por […]
    João Carlos Figueiredo
  • Memórias de meu Mestre 10 de março de 2014
    Hoje ele teria quase 94 anos; porém, há dez anos nos deixou para sempre. Meu pai se foi antes do tempo, assim como se vão aqueles a quem amamos e respeitamos pela sua coerência, sabedoria, humildade e LUZ! Sim, ele foi o farol de meu caminhar, e continuará sendo. Sempre que me encontro em uma […]
    João Carlos Figueiredo
  • Este ano não te levei flores… 8 de fevereiro de 2013
    Dia 1º de fevereiro passou em “brancas nuvens”… aniversário de vida de nossa querida mãezinha… mas não foi por desatenção que não te levei flores, mãe querida; foi por absoluta falta de opções! Estava em outras plagas, lutando por um povo Xavante, de quem lhes tiraram tudo, assim como tiraram de mim as lembranças de […]
    João Carlos Figueiredo
  • Dinah e Ulysses 13 de novembro de 2012
    O tempo se esvai na correnteza dos fatos cotidianos, ofuscando, injustamente, as lembranças de nossos antepassados. Nossas memórias se distanciam, nossas homenagens se ajustam ao calendário, nosso amor e carinho com os que se foram ficam restritos às esparsas orações que o pensamento embotado faz àqueles que justificaram a nossa presença neste mundo. Para re […]
    João Carlos Figueiredo
  • Saudades, meu amigão! 28 de agosto de 2012
    Ulysses faria hoje 92 anos… ele se foi há 8 anos, 5 meses e 21 dias, mas ainda sinto demais sua falta em minha vida. Cada vez que algum problema me perturba, invoco a presença de meu pai, que sabia sempre me dar um bom conselho. Sempre que realizo algo muito bom, que me envaidece […]
    João Carlos Figueiredo
  • Primeiras Lembranças 26 de junho de 2012
    Minha primeira infância foi em Dracena, cidade próxima à fronteira de São Paulo com Mato Grosso (hoje, Mato Grosso do Sul), perto de Panorama, às margens do rio Paraná. Fomos algumas vezes a esse lugar, e lembro-me (porque me contaram) que ainda era um local selvagem, com densas matas às margens do rio, onde se avistavam onças […]
    João Carlos Figueiredo
  • Transição 24 de junho de 2012
    Adormeceu, por fim… Seu Espírito já não habita esse corpo cansado, incapaz de conter um coração tão generoso e belo. Sua alma, agora, ascende a outras mansões, onde os Avatares, Seres de Luz, compartilham sua Sabedoria com aqueles que buscam o Caminho. E aqui ficamos nós, com nossa dor dessa separação não desejada, com a […]
    João Carlos Figueiredo
  • Ah… Dinorah, Dinorah! 24 de maio de 2012
    Eu a vejo partir aos poucos, diante de meus olhos, e me pergunto: por que? Talvez eu sofra muito mais do que ela… e assim como quando meu pai também partiu, um enorme pedaço de meu coração se romperá e se perderá para sempre. Minha mãezinha… o ser mais querido que tenho, e nada posso […]
    João Carlos Figueiredo

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Homenagem a Ulysses e Dinorah, meus pais queridos, que nos deixaram órfãos de seu amor, carinho e dedicação...

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